Como a Oração ajuda a curar traumas emocionais segundo a fé católica

 "Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei" (Mt 11,28).

Muitos carregam dentro de si dores profundas, traumas da infância, perdas, rejeições, abusos, humilhações. Feridas que não aparecem no corpo, mas sangram na alma. E diante disso, muitos se perguntam: a fé pode curar o que a psicologia chama de trauma emocional?

A resposta é: sim, com a condição de que essa cura se torne um caminho de entrega e oração sincera.

A oração não é mágica. Não é anestesia. Mas é o lugar de encontro com o Médico das almas, Jesus Cristo. Quando o católico reza com o coração ferido, ele se aproxima de um Deus que também chorou, também sangrou, também foi rejeitado.

1. Oração como libertação interior

Santo Inácio de Loyola ensinava que a oração bem feita é aquela que “move a alma”. Quando colocamos diante de Deus os nossos sofrimentos com sinceridade, não estamos apenas falando com o céu — estamos tirando o peso da alma, como quem confessa um segredo há anos guardado.

A oração nos coloca diante da verdade. E a verdade cura.

2. Jesus também sofreu

Ao olhar para Jesus na cruz, vemos um homem que foi traído, abandonado, humilhado e injustiçado. Não há dor emocional que Ele não tenha conhecido. Rezar é entrar em contato com esse Cristo e dizer: “Senhor, me ajuda a carregar essa cruz”.

E, com o tempo, essa cruz não some. Mas ela se transforma em caminho de salvação.

3. O que dizem os santos

Santa Teresa d’Ávila: “A oração é um trato de amizade com Aquele que sabemos que nos ama.”

Santa Faustina: “Quanto mais profunda a dor, mais confiante deve ser a oração.”

São João Paulo II: “Não tenhais medo de apresentar ao Senhor os sofrimentos da alma!”

 4. Curar com os sacramentos

Além da oração pessoal, o católico encontra alívio real através dos sacramentos. A confissão cura culpas antigas, a Eucaristia alimenta e restaura, a unção dos enfermos conforta e fortalece. Cristo age realmente através deles. A oração prepara o coração para receber essa graça.

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Traumas emocionais não precisam ser a última palavra. Com fé, oração e sacramentos, podemos viver o processo da cura interior. O caminho pode ser longo, mas com Jesus, toda ferida pode se tornar fonte de graça.

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Por: Wander Venerio C. de Freitas